Capítulo 1
Encontros
— Senhorita !
— Olá, Voldemort. – Respondi, em um tom calmo.
— A que devo a honra de sua ilustre visita? – Perguntou ele. Seus olhos perigosamente vermelhos brilhavam para mim.
— Fiquei sabendo que você gostaria de conversar comigo... Me enganei? – Perguntei.
— Não, claro que não! — Abriu um sorriso frio. – Está certíssima! Sente-se.
— Obrigada. – Disse, arrastando uma das cadeiras da enorme mesa, e me sentando cuidadosamente em sua frente.
— Então... Fiquei sabendo que a senhorita tem estado presente nas reuniões da Ordem, estou certo? – Concordei, calmamente. Eu precisava ter cuidado com o que falaria. O sorriso dele se alargou. – A Senhorita tem pensado na minha proposta?
— Sim. Já tenho a sua resposta. – Sorri, ainda calmamente. A expressão dele se tornou de extremo interesse.
— E qual seria?
— Não. – Disse simplesmente.
— Como? Desculpe, acho que não entendi!
— Creio que tenha entendido certo, Milord. Minha resposta é não.
Sua expressão que antes era de interesse, se tornou de ódio. Porém, ele manteve sua compostura.
— A Senhorita deve ter motivos realmente importantes! Poderia me explicar eles?
— Claro! – começei — Milord, me responda, o senhor se juntaria para um grupo aonde só se tem a perder? Correndo o risco de perder tudo em segundos? – ele não me respondeu, apenas continuava a me fitar — Evidentemente que não, conheço você suficientemente bem para saber sua resposta. – sorri meigamente.
— A senhorita poderia se surpreender comigo! Não sou tão prevísivel quanto pensa! – Sorriu. — Nagini?
A enorme cobra se alinhou ao seu lado, de modo que ele acariciasse ela.
— Me surpreenda então, Milord. – Sorri.
— A Senhorita está me desafiando? – Disse em um tom deboxado.
— Entenda como quiser – retruquei ríspida — Agora, se me der licença, tenho mais assuntos a tratar.
Me levantei indo em direção a porta. De relance, pudê ver sua varinha se erguendo. Ele estava com o feitiço na ponta da língua.
— Ora, Milord, pensei que você era mais esperto! Não se pode matar uma pessoa que não tem alma! — Sorri, e sai do cômodo me dirigindo a saída da mansão.
Caminhei um pouco, até o local aonde eu encontraria Moody e Tonks, a minha espera. "Você é louca?" murmurava a minha consciência. De certo modo, ela estava certa. Quem em boa sanidade mental desafiaria o temido Lord das Trevas? Mas, eu não tinha medo dele. Não havia por que ter medo. Ele não poderia me atingir.
— ! Pensei que demoraria mais! Como foi? – Tonks disse, com agitação.
— Se acalme, Tonks! – Sorri. — Foi tudo tranquilo! Apesar de ele ter ficado com um pouco de raiva de mim... Mais nada com o que se preocupar!
— É melhor irmos! Estão esperando por você! – rosnou Moody. Eu apenas assenti e agarrei o braço de Tonks e em seguida eu estava aparatando. Por mais que eu já estivesse acostumada, a sensação nunca era agrádavel.
Abri meus olhos e estava diante do Largo Grimmauld. Uma porta se materializou entre os números onze e treze. Subi calmamente os degraus de pedras gastos, levantando o meu longo vestido negro e a capa longa que estava por cima (era bem semelhante a dos Comensais da Morte), com cuidado. Moody tirou a varinha das vestes e tocou na porta, e em seguida, o costumeiro barulho de correntes retinindo. A porta se abriu rangendo.
— Aonde está Harry? – Perguntei para Tonks com certa ansiedade, sentia falta dele. Moody ficara para trás, dando uma última olhada lá fora, para ter certeza de que ninguém havia nos seguido ou espionado.
— Molly deve ter mandado ele lá para cima, junto com Rony e Hermione!
— E Arthur? – Arthur é o meu irmão gêmeo; tem esse nome em homenagem ao chefe da família que meus pais tanto admiram; os Weasley.
— Deve estar nos esperando junto com todos – deu de ombros.
Ouvi passos apressados e a Sra. Weasley surgiu por uma porta ao fundo do corredor. Deu um grande sorriso e fez sinal para que nós três fossemos até ela.
— ! Fiquei tão preocupada! Não acreditei quando soube que você havia ido falar com Você-sabe-quem! – Sua expressão era de alívio e repreensão. Eu apenas sorri, caminhando para dentro do cômodo. Todos os membros da Ordem se encontravam lá. Corri meus olhos pela mesa e sorri para Sirius, que estava sentado ao lado de Alarice, sua irmã e minha mãe.
Me sentei ao lado de Arthur e todos me encaravam. Suspirei e relatei tudo o que havia acontecido mais cedo.
— Você foi realmente corajosa em enfrentá-lo, sobrinha! – Sirius sorriu, radiante.
— Pois eu achei muito arriscado! Você não deveria ter dito essas coisas, ! – Repreendeu a Sra. Weasley. Suspirei.
— Creio que você tenha feito o certo, – murmurou minha mãe, como se estivesse convencendo a si própria de o que ela tinha dito, e diria, era certo. — Agora ele vai mudar a atenção dele para você.. Harry vai estar seguro por um tempo.
— Ainda acho que devemos contar a Harry – Sirius disse.
— Dumbledore não ia gostar, Sirius! Você sabe disso! Ele é só um garoto! – Respondeu a Sra. Weasley, quase gritando.
— Um garoto que já passou por coisas maiores que muita gente aqui! – Retrucou Sirius.
A Sra. Weasley abriu a boca para continuar. Mais Arthur, meu irmão, a interrompeu.
— Quando será a minha vez? Digo, de falar com ele? – Eu sabia que aquela discussão ainda não estava acabada. Sirius iria continuar querendo que Harry soubesse de tudo.
— Acho melhor você não ir Arthur... – começei — Eu já disse o suficiente para ele.
— está certa! – Respondeu meu pai, Alexandre.
— É melhor acabarmos por hoje! – falou o Sr. Weasley, se pronunciando pela primeira vez desde que cheguei. — Harry está lá em cima, , imagino que vá gostar de falar com ele! – Sorriu. Assenti e me levantei da mesa, indo em direção a porta do cômodo. Arthur vinha atrás de mim.
Eu sabia que aquele "acabarmos por hoje" se referia apenas e exclusivamente para eu e Arthur.